"Não tenho acesso às estatísticas municipais, mas algo nos deixa perplexo. Mau o ano de 2009 começa, e já constatamos um elevado índice no número de óbitos, oito até 29 de janeiro e as causas as mais diversas possíveis, porém, as doenças cardiorrespiratórias, suicídios e crimes predominam no ranking municipal.
Chamamos a atenção do Ministério Público para o fato de que desde o dia 1º de dezembro que as unidades de saúde e os serviços assistenciais básicos do município, fecharam suas portas para o atendimento ao público, o que caracteriza a quizumba ou o desleixamento, para não dizer apatia ou inércia administrativa.
O incrível é que os repasses federais para estas áreas continuam sendo depositadas fundo-a-fundo, e que no princípio de parceria e administração da gestão pública, fica patente o compromisso das partes em não negar o atendimento a nenhum munícipe, respeitando o direito da Universalidade, não negar aos “adversários ou correligionários”, em respeito à Equidade e oferecer o atendimento básico mínimo necessário para proteger a saúde e manter uma boa qualidade de vida da população sem por em risco as suas vidas.
Quanto ao veraneio do prefeito nada temos contra, porém, não concordamos com o afastamento da prestação dos serviços essenciais que ponham em risco a vida da população, bem como o abandono de toda uma cidade em troca de um descanso do excelentíssimo prefeito que por incompetência ou por falta de compromisso ou desconhecimento de suas funções básicas, não leva a sério o que é público e o que é privado, pois nunca presenciamos férias coletivas em suas empresas, muito pelo contrário, no seu veraneio, houve muitas promoções alvissareiras e vantajosas.
Por não termos isoladamente o poder de provocar ou requisitar ações enérgicas do Ministério Público para agir junto ao poder público municipal, estimulamos a um grupo de cidadãos macauenses representado pelo vereador, verdadeiramente representante do povo, Sr. Dércio Cabral e outros fiéis irmãos macauenses que procuraram a promotoria pública, e com agilidade visitou in loco as unidades de saúde, e determinou um prazo de 48 horas para que os serviços básicos e essenciais como: a farmácia básica, programas de hipertensão, diabetes, PSF’s, clínicas médicas, atendimentos odontológicos e assistência social, voltassem a funcionar. Pasmem senhores, passada às 48 horas excelentíssimo prefeito retornou ao município, tomou dois porres nos bares e praias de Macau, apenas divagando e fazendo pouco de outros poderes constituídos, recitando as seguintes frases: “vocês tem que aprender que em Macau, enquanto eu for prefeito, quem manda sou eu, e a justiça também temos que se colocar no lugar dela”, pois lá eu não interfiro, apenas “ajudo”.
O atendimento a requisição da promotoria pública foi restabelecido com uma exceção, de forma lenta e restritiva, sob a alegação de que somente voltaria a todo o vapor, após o seu veraneio e escolha do restante de seu secretariado e cargos comissionados em março e abril. Tome castigo e péia!...
Com a palavra: quem possa ao menos conversar com ele sobriamente, pois ouvir e aceitar opinião não são regra de suas atitudes e modos operando, que Deus continue sendo macauense e nos conserve vivo até 2012."
Salitre ojuara
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